Aleitamento materno: Tudo o que você precisa saber
O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança.
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Categoria: Saúde
Por: Redesul
O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança. Além disso, constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil.
É por isso que a campanha Agosto Dourado, foi instituída no Brasil por meio da Lei 13.435, durante a 25ª Semana Mundial de Aleitamento Materno, em 2017. A cor dourada foi escolhida em alusão à definição da Organização Mundial de Saúde - OMS para o leite materno: alimento padrão ouro para a saúde dos bebês.
Porém, amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional.
E como esse é um processo tão importante, separamos a seguir as todas as informações mais relevantes que devemos conhecer sobre o aleitamento materno.
A importância do aleitamento materno
O leite materno é tão recomendado por ser um alimento que ajuda no desenvolvimento da criança, protegendo sua saúde.
Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite materno sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno. Dentre eles, podemos destacar:
- Evita mortes infantis, diarreia e infecção respiratóri
- Diminui o risco de alergias, hipertensão, colesterol alto e diabetes
- Reduz a chance de obesidade
- Melhor nutrição (contém todos os nutrientes essenciais)
- Tem efeito positivo na inteligência
- Melhora o desenvolvimento da cavidade bucal
- Protege contra câncer de mama
É por essas e outras razões que o aleitamento materno é tão importante.
Duração da amamentação
Vários estudos sugerem que a duração da amamentação na espécie humana seja, em média, de dois a três anos, idade em que costuma ocorrer o desmame naturalmente (KENNEDY, 2005).
A OMS, endossada pelo Ministério da Saúde do Brasil, recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança.
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes. Estima-se que dois copos (500 mL) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia.
Técnicas de amamentação
Quando falamos de aleitamento materno, não podemos deixar de citar as técnicas de amamentação. A maneira como a dupla mãe/bebê se posiciona para amamentar/mamar e a pega/sucção do bebê são muito importantes para que o bebê consiga retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos.
Uma posição inadequada da mãe ou do bebê dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola, resultando no que se denomina de “má pega”.
A má pega dificulta o esvaziamento da mama, podendo levar a uma diminuição da produção do leite. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada não ganha o peso esperado apesar de permanecer longo tempo no peito. Isso ocorre porque, nessa situação, ele é capaz de obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o leite posterior, mais calórico.
Frequência ideal para amamentar
Recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama. É o que se chama de amamentação em livre demanda.
Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com frequência e sem horários regulares. Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia.
Amamentação de mães com Coronavírus
Segundo as informações científicas disponíveis até o momento, não existe comprovação de transmissão do SARS-Cov-2 pelo leite materno.
É por isso que mães sem sintomas podem amamentar, sim! A mãe suspeita ou com diagnóstico de COVID- 19 pode amamentar se estiver em bom estado geral, se quiser amamentar, tomando alguns cuidados higiênicos e seguindo algumas recomendações, como a seguir:
- Usar máscara facial (cobrindo completamente nariz e boca) durante as mamadas e evitar falar ou tossir durante a amamentação;
- A máscara deve ser imediatamente trocada em caso de tosse ou espirro ou a cada nova mamada;
- Lavar com frequência as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, antes de tocar o bebê ou antes de retirar o leite materno (extração manual ou na bomba extratora). Se não for possível, higienize as mãos com álcool em gel 70%.
Como a cada dia surgem indicações de diferentes medicamentos é necessário buscar orientações de profissionais de saúde que trabalhem com aleitamento materno. Até o momento, todos os medicamentos receitados para tratamento de pacientes com COVID-19 são compatíveis com a amamentação.
Com todas essas informações resumidas se torna muito mais simples entender o que é certo e errado quando se trata do aleitamento materno, não é mesmo?
Porém, se você ainda tiver dúvidas é essencial buscar ajuda médica. Com o Cartão Redesul você tem acesso a rede particular de saúde com tabelas especiais. Para encontrar o especialista mais próximo de você consulte a Rede Credenciada.
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